quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Pânico no Bolsa-família

                                   Corrida aos bancos, milhares de pessoas histéricas, tumulto e polícia na porta dos bancos.  Seria uma crise internacional ?  Queda da Bolsa de Valores ?  Falência do sistema financeiro ?  Não !   A horda de histéricos que correram desesperados aos bancos era de "beneficiários"  do Bolsa-família, assustados com uma notícia que dava conta de que o Bolsa-família seria cancelado.  Era boato, mas foi como soltar um rojão no galinheiro :  milhões  (isso mesmo, milhões)  de pessoas em pânico com a possibilidade de perder o benefício.
                                    Imediatamente o Planalto se mobiliza, reunião de emergência, o ministro da Justiça recebe a ordem para mandar a Polícia Federal  localizar o autor do boato, enquanto que a Dilma, nossa presidenta e governanta da Nação, determina que o governo trate de desmentir o boato e acalmar a população (população de  "beneficiários") e aventou-se até a possibilidade da própria Dilma fazer um pronunciamento em rede nacional, e eu fico imaginando nossa governanta se dirigindo àquele povo e dizendo  "Calma, minha gente, era só boato, então não se assustem, vocês não vão precisar ter de trabalhar, fiquem sossegados que vamos continuar dando dinheiro a vocês, e só para este ano já estão garantidos 24 bilhões de reais pra vocês aproveitarem."
                                   Vai aparecer algum intelectualóide e burocratas de gabinete pra dizer que o Bolsa-família é uma necessidade e que eu sou insensível por me referir a ele pelo modo como estou fazendo.  Só que esses indivíduos não dizem é que o Bolsa-família é um daqueles "pão e circo",  um paternalismo assistencialista do governo para garantir milhões de votos.  Na verdade, se nesse país houvesse na política uma oposição de verdade daria para enquadrar o Bolsa-família como compra de votos, já que se sabe muito bem que para garantir aqueles votos basta que se diga que se o candidato da oposição vencer seu primeiro ato será retirar o Bolsa-família, o que basta para aquela horda de mal-acostumados a votar no candidato do governo.
                                   Esse benefício foi criado e planejado para apenas ir aumentando e somando mais e mais famílias, mas em nenhum momento está previsto que aquelas pessoas deixem de precisar desse benefício, ou seja, uma fábrica de pessoas dependentes desse dinheiro que vem a troco de nada, mera distribuição de recursos públicos sem nenhuma contraparte.  A pessoa entra para o programa e pode permanecer pra sempre, não há previsão de saída.  Nem todo mundo ali é paupérrimo,  nem todos os beneficiários precisam disso, mas claro que não vão recusar quando o governo tão prontamente vem e oferece dinheiro.  E antes que você também me recrimine, vou lembrar a você que aquele é o nosso dinheiro, o mesmo dinheiro que o governo alega não ter para investir em saúde e educação, por exemplo.  Sempre que o governo faz cortes  no orçamento ele primeiro tira recursos da área social, então a saúde e a educação são os primeiros a sofrer cortes, e em seguida cortam recursos para manutenção de estradas que então vão continuar matando milhares de pessoas por causa da péssima conservação.  Mas dos ditos  "programas" como o Bolsa-família não só não se faz nenhum corte como ainda se faz reajustes ocasionais. Mais pão e circo.  E essa parcela do povo brasileiro, acostumada a paternalismos, sejam getulistas ou lulistas, adora isso e vai recebendo dinheiro dos cofres públicos.
                                  Sobre coisas assim, uma vez um grande homem disse uma frase que cabe aí como uma luva :  "Dar esmola a um homem que é são,  incentiva o vagabundo e ofende o cidadão."   Aquela cena de milhares de pessoas em histeria nos bancos pelo medo de perder o recurso mostra bem o que é legião de dependentes que esse governo (e o anterior) criou com a exata intenção de criar isso mesmo.  Brasil, um país de tolos.

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