O professor Olavo de Carvalho tem razão : não existe uma militância organizada que possa dar apoio ao governo e em especial ao presidente Bolsonaro. Na verdade sequer existe algo que efetivamente possamos chamar de Direita, de maneira que o que temos no Brasil, na maioria das vezes, são direitistas isolados ou em pequenos grupos, mas nada que pudesse se parecer com uma militância ou que remotamente fosse uma Direita organizada. De resto, são pessoas que na verdade são anti-PT, anti-PSOL e coisas assemelhadas, mas não são direitistas, e muitos se definem como liberais, o que do nosso ponto de vista e baseado na descrição que elas próprias dão de si mesmas, são pessoas que tem vergonha de se dizerem de Esquerda (ou "progressistas") e não tem peito nem coragem de se assumirem de Direita de fato, e aqui me refiro à Direita Conservadora. Aí dizem que são de Direita, mas da ala liberal, que na prática comunga com quase toda a agenda esquerdista, apenas deixando de foram um ou outro detalhe para não dar na vista. Ora, ser de Direita mas achar adequados e positivos projetos e preceitos da Esquerda é, antes de tudo, uma contradição. Aquele que de fato é de Direita sabe que TUDO, absolutamente tudo o que seja proposto e venha da Esquerda é sempre algo que vai servir para os planos deles, embora sempre façam parecer que é algo que visa a justiça social, a igualdade e todas essas mentiras que eles tanto usam e que enganam a esses liberais mas não aos direitistas. Entenda-se de uma vez por todas : a Esquerda é comunista e o Comunismo só visa seus planos de poder. Se para isso eles ocasionalmente tenham que parecer pessoas boas e preocupadas com o próximo eles o fazem. Veja-se por exemplo, nas últimas eleições os candidatos Haddad e Manuela Dávila frequentando missas católicas e até recebendo a hóstia, quando an verdade antes disso disso eles nunca coisas assim e depois da campanha nunca mais entraram em uma igreja, o que faz todo o sentido já que são comunistas e o Comunismo é ateu.
O presidente quer fazer uma faxina, uma despetização em todas as instancias de governo e posteriormente isso se refletiria na sociedade, onde a Esquerda iria perdendo seus espaços até não terem mais nenhum. Ocorre que, uma vez que o presidente retire dos cargos os esquerdistas que lá estão, quem ele colocará no lugar, uma vez que não há uma militância capaz de substituir as posições atualmente ocupadas pela Esquerda ? O presidente simplesmente não tem como aparelhar o Estado com a Direita porque não há nenhuma, de maneira que no fim ele poderá no máximo substituir os atuais esquerdistas furiosos por outros esquerdistas mais moderados, mas ainda esquerdistas, não obstante.
Como se isso por si só já não fosse um problema grande o bastante ainda temos de lidar com as questão dos traidores, que são aqueles indivíduos que se elegeram em todas as esferas do Legislativo, embarcando na onda bolsonarista e até ingressando no partido do presidente, mas assim que chegaram onde queriam simplesmente se voltaram contra o presidente e foram oferecer seus serviços a interesses outros que não os do país e da Direita, e aí temos o caso dos Kim e dos Frota da vida, dentre muitos outros.
Se não surgir logo uma militância que dê apoio direto ao presidente e vai ficar sozinho na luta.
Daniel de Ávila
e s c r i t o r
