domingo, 23 de junho de 2013

As pérolas da Dona Dilma

                              Nossa querida, amada e idolatrada (salve, salve) presidenTA e governanTA do nosso país veio à TV fazer um pronunciamento sobre a onda de manifestações do povo pelo Brasil afora e mesmo não sendo mais uma estudanTA ela cometeu um erro crasso e supôs que o povo brasileiro seja todo ele do tipo apedeuta, igual ao mentor dela, seu amo e senhor, e que é um ex-presidente cujo nome, se pronunciado, dá sete anos de azar. É que, dentre outras coisas descabidas, ela disse, ao se referir à orgia de dinheiro que foi aplicado na realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, especificamente no caso da construção dos estádios, que "não é dinheiro do orçamento, e que esse dinheiro que o governo investiu em arenas e estádios é fruto de financiamento que será pago pelas empresas e governos que exploram esses locais."
                        Está parecendo que a presidenTA deveria é investir na contratação de uma equipe de assessores que lhe poupasse desses constrangimentos ao dizer coisas como essa. Alguém, por favor, faça a gentileza de explicar-lhe que o tal financiamento é quase todo do BNDES, o que significa que é dinheiro nosso, e se o governo é avalista desses empréstimos ele é sócio dessas empresas e governos. Tambem significa que como é empréstimo de grande porte, é coisa para ser paga em 30, 40 ou 50 anos, o que é mais ou menos como dizer que é à fundo perdido.
                       Mesmo conscienTA disso e parecendo contenTA no seu pronunciamento, o que ela não disse é que de qualquer modo é o povo que vai pagar essa conta que até o momento está em 28 bilhões de reais mas ainda vai aumentar um pouco mais. Só que o povo não caiu nessa (exceto os "permissionários" do Bolsa-família, que não se importam com nada desde que o benefício continue), e por isso Dona Dilma-Dá terá de ser muito pacienTA com as manifestações, que vão continuar.


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terça-feira, 19 de março de 2013

Enquanto os cães ladram, a caravana passa...

          Poucas pessoas se deram conta do absurdo até que ele se tornou fato consumado.  Gritaria, ofensas, xingamentos, muita mobilização e palavras de ordem, tudo contra o deputado e pastor Marcos Feliciano que assumiu a presidência da quase insignificante Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal. Pois bem.  Enquanto a atenção de todos estava focada no famigerado pastor assumindo a não menos famigerada Comissão, eis que por trás das cortinas os deputados José Genoíno e João Paulo Cunha, aqueles mesmos do Mensalão, assumiam suas posições na Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante das Comissões. É essa Comissão que analisa e delibera se esse ou aquele projeto pode ir adiante ou não, imputando-lhe constitucionalidade ou sinalizando sua falta, muitas vezes sob critérios discutíveis. O que está havendo nesse país ?  As pessoas não pensam mais, não tem senso nem critérios ? O que poderia ser de mais insano do que dar a presidência da Comissão de Meio Ambiente ao ex-governador Blairo Maggi, o rei do desmatamento ? E que tal o Gabriel Chalita na Comissão de Educação, apesar de atolado em denúncias de corrupção e desmandos quando foi Secretário de Educação em São Paulo ? E é este o país que quer ser levado à sério, que exige assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e que tenta posar de país sensato, estabilizado e coerente. Aqui colocam as raposas tomando conta dos galinheiros e ainda querem o respeito do mundo, quando não há sequer um auto-respeito que impedisse essas de acontecer.