quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Horário político ou "Cadê o meu Plasil ?"

               Me dei ao trabalho de assistir a um Horário Eleitoral na TV para saber se alguém ali tinha alguma coerência e logo percebi que não foi uma boa idéia e fica aqui o conselho :  se alguém for assistir a isso, não esqueça de ter o seu Plasil à mão porque provavelmente  vai precisar.
                Vi o Aécio falando besteiras utópicas e só agora pegando pesado com os adversários, o que infelizmente pra ele é tarde demais e por isso ele não irá sequer para o segundo turno. Vi a Dilma, também falando besteiras mas de um jeito particularmente grave porque ela mostra ali um país que não é o Brasil. Quisera nos fosse possível morar naquele país que a Dilma mostra no Horário Eleitoral, pois aquele é um lugar onde tudo funciona, existe ordem e progresso, respeito à coisa pública, há saúde, educação, segurança ,etc., enfim, um lugar lúdico que só existe na imaginação dos marqueteiros. Se aquele lugar existisse não precisaria mudar nada, pois tudo ali é perfeito. E vi a Marina, e é difícil entender o que ela diz. Primeiro, porque ela não afirma nada, não se compromete com coisa alguma e se expressa por enigmas. E usa um modo de falar que é o da  "djavanização",  uma espécie de  "caetanismo hiperbólico", onde tudo descamba num jeito "gilbertista utópico" de ser e acaba no clássico  "Ou não." Um horror.
                 Mas nada ali é mais terrível que os candidatos a deputado, aquilo sim um circo de horrores com pessoas bizarras fazendo as propostas mais esdrúxulas, onde não faltou até candidato a deputado federal falando em soluções para o conflito Israel-Palestina, como se isso fosse da alçada da Câmara, e outro prometendo redução do preço das passagens de ônibus nas capitais, desconhecendo que isso é assunto municipal das prefeituras.
                  Fica claro que se o voto não fosse obrigatório no Brasil só as militâncias iriam votar, uma vez que o cidadão normal não se sentiria motivado a sair de casa para optar por um daqueles seres medonhos.
                  Chegamos a um ponto onde sequer podemos escolher  "o menos pior", e então votamos neste ou naquele não por  escolha pessoal e sim por falta de opção.  Isto aqui não é um país, é um acampamento.
                  Sou cada vez mais adepto da idéia de que essas eleições deveriam ser anuladas e dois desses partidos teriam de ser fechados e postos na ilegalidade.  Ora, a legislação eleitoral proíbe que qualquer partido seja subordinado à entidade estrangeira :  ocorre que PT e PSB são membros do Foro de São Paulo, entidade internacional que dita as regras de conduta de seus membros.  Agora, esperar que se aplique a lei e se faça o que está previsto em casos assim, isso sim seria uma utopia. Talvez em 30 ou 40 anos assuma uma nova geração de políticos, magistrados e eleitores com consciência e vergonha na cara e façam esse acampamento finalmente se tornar um país, de direito e de fato. "Ou não."

                                        Daniel de Ávila

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