domingo, 20 de março de 2016

Carta Aberta ao Povo



             Estando nosso país à beira do caos social e político e na iminência da ruptura das Instituições e do Estado Democrático de Direito, percebo muito claramente o surgimento e formação de facções antagônicas dentro de diversos setores da sociedade, inclusive este no qual estou inserido. Como é mister que também eu me posicione politicamente, o fiz de forma pública perante meus pares, superiores e subordinados e diante de todos deixei bastante claro que se se confirmar o estabelecimento do desmando e da anarquia, dependendo muito do tipo de ordem que seja dada eu me recusarei a cumprir várias delas se estas se configurarem ilegais ou imorais. Deixo esclarecido que meu juramento de lealdade é para com a Pátria, o País, a Nação, o Povo e à República, não ao establishment, a um governo ou partido que esteja no poder naquele momento.
            Eu, assim como outros tantos como eu, me coloco sempre ao lado do Povo e em defesa deste, mesmo a despeito de alguma ordem em contrário a isto que porventura seja recebida. Jamais vamos nos voltar contra o Povo que juramos proteger, tanto mais ainda se isso visar dar garantia de manutenção do poder tirânico que se achasse forte o bastante para ordenar que se cometesse ato de violência contra nossa própria população. Há psicopatas que seriam capazes de dar tais ordens, e essas ordens encontrariam eco entre outros psicopatas que as executariam.
             Nenhuma ideologia doente, nenhum sistema político devasso, nenhum regime despudorado e nenhuma tendência social depravada vai suplantar nossa lealdade ao País nem anular ou sequer diminuir nossa consciência de Estado nacional. A Chama não se apagará, e se de fato for preciso ir às últimas consequências, os tiranos não tardarão a descobrir que a cada um de nós que tombar outros três lhe tomarão o lugar, até que a Pátria esteja livre da vergonha e da desonra que agora a sufoca.
              Saiba o povo que a despeito de atitudes e falta de atitudes por parte de certos homens que deveriam ter se insurgido e liderado a retomada, ele, o povo, nunca esteve sozinho e que há quem virá em sua defesa nessa hora de necessidade.



                           Daniel de Ávila                           
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